Professor preso por estupro em colégio já tinha deixado outra escola após denúncia de assédio, diz polícia

  • 05/11/2025

Professor é preso por importunação sexual O professor preso em outubro por estupro de vulnerável contra alunas de um colégio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, já havia pedido demissão de outra instituição de ensino em 2021. Na época, ele foi confrontado por suspeita de ter tocado uma estudante sem o consentimento dela. As informações constam em um relatório da 42ª DP (Recreio), que indiciou o professor por estupro de vulnerável contra diversas alunas, todas menores de 14 anos. Durante a investigação, funcionárias de um colégio no Jardim América foram ouvidas e relataram as acusações. Uma estudante do 6º do colégio Futuro Vip, onde o professor lecionou, relatou à coordenação na época que ele a abraçava de forma excessiva e mexia em seus cabelos sem o seu consentimento. Ao ser chamado à coordenação para responder sobre as acusações feitas pela aluna, ele negou e pediu o desligamento da escola, de acordo com o relato de uma das coordenadoras à polícia. A delegada assistente da 42ª DP, Talita Stivanello, foi a responsável pela investigação. Ela afirmou que é importante que as autoridades sejam avisadas sobre esse tipo de comportamento, e que os pais orientem os filhos sobre condutas inapropriadas. "No nosso caso, com a investigação, descobrimos que em 2021 uma aluna já havia relatado comportamento inadequado pelo investigado - ato libidinoso - que, caso tivesse sido noticiado à Polícia Civil, certamente teria evitado a reiteração da conduta por parte dele", disse a delegada. O g1 entrou em contato com o colégio Futuro Vip, mas não obteve respostas até a publicação desta reportagem. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Polícia vai investigar conduta de diretor A delegada também disse que vai desmembrar a investigação para apurar a conduta do diretor do colégio Tamandaré no caso. Em depoimento, Álvaro Midea Júnior disse que estava "perplexo" com as acusações contra o professor e que só soube das acusações no dia 1º de outubro, quando foi entregue a ele uma carta das meninas que se diziam vítimas do comportamento inapropriado do professor em sala de aula. Ele alegou que afastou o professor acusado no mesmo dia, 12 dias antes da prisão dele. Procurado, o diretor afirmou que "a escola seguirá colaborando com as autoridades no que for preciso". Professor foi preso e denunciado Professor de colégio no Recreio é preso por importunação sexual Reprodução No final de outubro, o Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou o professor por estupro de vulnerável. Ele trabalhava em um colégio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Sudoeste do Rio. Ele foi preso em sua casa, em Irajá, na Zona Norte, por agentes da 42ª DP. Durante a operação, um celular e um notebook foram apreendidos. Segundo a denúncia da 1ª Promotoria de Investigação Penal de Jacarepaguá e Barra da Tijuca, o professor mostrou sinais de excitação a alunas de 12 anos dentro da sala de aula. Ainda de acordo com o documento, ele teria feito movimentos que indicavam masturbação durante uma atividade escolar. Violência e abuso sexual infantil: saiba como denunciar As investigações começaram após mães de alunas do Colégio Tamandaré procurarem a polícia, motivadas por relatos das próprias filhas. Os depoimentos prestados na delegacia e imagens obtidas pela Polícia Civil reforçaram a acusação feita pelo MPRJ. Em nota divulgada na ocasião da prisão, o Colégio Tamandaré informou que o professor foi afastado preventivamente. "Em respeito à imprensa, a comunidade escolar e a sociedade em geral, afirmamos que o referido professor foi afastado de imediato da instituição, quando tomamos conhecimento da denúncia e que estamos contribuindo desde o início desta situação com as autoridades, na expectativa de que as apurações sejam conclusivas e tragam as respostas que representem a verdade", diz o texto. A mãe de uma das alunas, que preferiu não se identificar, disse que se sente aliviada com a prisão do professor, mas decidiu tirar a filha da escola após os episódios. “Ela está em outra escola. Ela não tem dormido direito, tem feito questionamentos. Ela era muito feliz, muito falante. E depois disso, não tem mais essa alegria”, contou a mãe. Alunas escreveram cartas As alunas que reclamam dos assédios escreveram cartas para relatar o comportamento do professor. Todas elas assinaram como "desconhecidas". Pais da escola teriam solicitado que o professor fosse demitido ou afastado. No entanto, segundo eles, mesmo após as denúncias serem feitas na delegacia, o professor teria dado aulas normalmente durante alguns dias, o que teria revoltado os responsáveis e as próprias adolescentes. A direção da escola nega e confirma que o professor foi afastado assim que representantes do colégio retornaram da delegacia. Segundo a escola, o professor permanecerá afastado das funções enquanto o caso é investigado. Novas medidas poderão ser adotadas após a conclusão das apurações. Após a publicação da reportagem, a direção da escola divulgou nova nota reiterando que o afastamento do professor ocorreu 13 dias antes da decretação da prisão preventiva. Professor, com camisa na cabeça, é levado para a 42ª DP (Recreio) após ser preso Reprodução *Estagiária sob a supervisão de Cláudia Loureiro

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/05/professor-preso-estupro-colegio-outra-escola-denuncia-assedio.ghtml


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